Ao redor do mundo, mulheres ainda seguem lutando por direitos de igualdade. Enquanto em alguns países algumas mulheres lutam pelo direito de poder estudar ou até mesmo falar em público, em outras partes lutamos por igualdade salarial e o direito ao aborto, por exemplo.
Independente do lugar que estamos inseridas, todas as restrições às quais somos impostas geram diversos prejuízos em nosso desenvolvimento pessoal, individual e coletivo.
A pressão estética é mais uma dessas prisões nas quais somos colocadas. Existe uma cultura e indústria riquíssima ditando o que deve ser feito, o que deve ser comprado, e principalmente, como devemos ser.
A cultura da magreza tem voltado com força nos últimos anos e nada disso é coincidência.
À medida que os direitos das mulheres avançam, novas armadilhas vão sendo colocadas em nosso caminho para permanecermos inertes.
Naomi Wolf em O Mito da Beleza diz que “fazer dietas é o sedativo político mais potente na história das mulheres.” Afinal, quem tem força para lutar, ou até mesmo pensar, passando fome?
A realização de dietas e a busca incessante por um ideal de beleza nos faz ‘obedientes’, nos faz doentes e nos tira do importante caminho de seguir reivindicando nossos direitos e liberdades.
Os padrões de beleza adoecem e geram inúmeras sequelas na vida das mulheres: adoecimento físico, psicológico, perdas financeiras, disparidade econômica, exclusão social e até mesmo a morte.
A pressão estética exerce um forte controle sobre as mulheres. É uma forma de violência simbólica e psicológica, que reforça as desigualdades e gênero.
Reconhecer a pressão estética como uma forma de violência é o começo de uma grande jornada para que possamos, então, combatê-la de forma séria e eficaz, garantindo o direito à vida de meninas e mulheres ao redor do mundo.
Conscientizar cada vez mais mulheres sobre os efeitos da pressão estética em suas vidas é um dos meus maiores objetivos com o meu trabalho. Espero que essa mensagem tenha te encontrado em um momento oportuno. 😉
